São Paulo
Já foram seis filmes da franquia “Transformers” lançados até aqui, e a premissa mudou pouco de atmosfera: robôs Autobots e os Decepticons, duas raças de robôs alienígenas, que batalham entre si em meio ao mundo dos seres humanos na Terra. Em “Transformers: O Despertar das Feras“, que estreia nesta quinta-feira (7) nos cinemas brasileiros, a inovação segue zerada. O ponto positivo é só um: a dublagem.
Para interpretar o protagonista Mirage e a auxiliar técnica Arcee, dois Autobots, o ator e ex-BBB Douglas Silva e a atriz Fernanda Paes Leme assumem as vozes na versão brasileira. E que sorte a do público. Se havia uma forma de “humanizar” um pouco os robozões, era essa. O público brasileiro reconhece as vozes dos dois e se sente um pouco mais “dentro” da história.
A trama, no entanto, mais uma vez não ajuda. O grupo dos Autobots está em Nova York, na década de 1990, e acaba se unindo aos humanos Noah (Anthony Ramos), um jovem desempregado que luta para cuidar do irmão, a a estagiária de um museu, Elena (Dominique Fishback). Os dois encontraram parte de uma chave, que pode levar os Transformers de volta para casa, não sem antes ter que lutar com um grupo rival de carros-robôs. Zzzzzzzz…
Em meio a tantas explosões, batalhas e corridas contra o tempo para achar as chaves da “salvação”, só o bom humor e as piadas (na versão em português, claro) do personagem de DG salvam o longa, bem entediante em alguns momentos -o que parece um contrassenso num filme de ação. Mas, fazer o quê? É o que acontece.
A parte boa são mesmo as dublagens. Fica nítido que Fernanda (com personagem mais contida) e Douglas sentiram-se à vontade em suas estreias na dublagem. O ator faz suas graças falando com sotaque carioca, cheio de gírias. Está soltinho e consegue a proeza de deixar divertido um gélido robô gigante. “Ele é solto, descolado e alto astral. Somos praticamente a mesma pessoa”, diz ele, ao F5.
A empolgação foi tanta que quase passou do ponto. Douglas confessa que em uma das batalhas, precisou segurar a onda. “Tive que controlar o jeito de falar para não ficar muito eu, era um momento tenso”. Fernanda também puxou o freio em determinados trechos do longa. “A minha personagem é tão direta, que a minha voz forte ajudou, mas tive que me conter para não ficar solta em alguns momentos.”
ECLÉTICOS
Vivendo momentos opostos, Douglas Silva e Fernanda Paes Leme aproveitam para engatar diferentes projetos. O ex-BBB se prepara para integrar o elenco de “Fuzuê”, próxima novela das 19h da Globo, e acabou da finalizar uma participação em uma série sobre Anderson Silva, campeão do UFC. “Sigo fazendo o que eu realmente quero fazer”, afirma.
Fernanda, por sua vez, segue selecionando com calma seus novos passos, um deles muito bem dado: seu “Quem Pode, Pod”, podcast que apresenta ao lado da amiga Giovanna Ewbank, é um sucesso, e pode ser medido pela repercussão das entrevistas de quem topa conversar com as duas.
Como entrevistada, Fernanda -Fepa, para os íntimos-, falou sobre um abuso sofrido na infância, em recente publicação de O Globo. Questionada sobre como se sente após a repercussão do caso, ela preferiu não alongar o papo. Diz que não recebeu nenhuma mensagem sobre o assunto. “Foi uma entrevista tão linda, as pessoas focaram na alegria, no lado bom, e em me dar amor, que foi o que mais recebi na vida”.
Fonte: Folha de SP
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