Luna de Harry Potter, Evanna Lynch defende falas de J.K. Rowling

Intérprete de Luna Lovegood nos filmes de Harry Potter, Evanna Lynch saiu em defesa de J.K. Rowling após as falas transfóbicas da autora. A atriz de 31 anos pediu a compreensão das pessoas e afirmou que a criadora do universo bruxo merece ser ouvida.

Evanna evita criticar as posições da autora desde 2020, quando deletou a sua conta no Twitter após sofrer críticas de parte do público. Na ocasião, a atriz havia lamentado os posicionamentos de Rowling, mas ressaltou: “Como amiga e admiradora de Jo, não posso esquecer a pessoa generosa e amável que ela é”.

Em recente entrevista para o jornal britânico The Telegraph, a intérprete de Luna voltou a demonstrar apoio à autora. As duas se conheceram antes mesmo de Evanna entrar para a franquia Harry Potter, quando J.K. Rowling recebeu uma carta da atriz falando sobre vivenciar a anorexia com 11 anos.

“Fui muito ingênua quando fui arrastada para essa conversa”, disse Evanna agora sobre o comentário feito no Twitter em 2020. “Eu nem sabia que havia dois lados. Eu tinha uma visão do bem e do mal. Eu tenho compaixão por ambos os lados do argumento. Eu sei como era ser uma adolescente que odiava tanto meu corpo que queria rastejar para fora da minha pele, então tenho muita compaixão pelas pessoas trans e não quero aumentar a dor delas.”

Apesar de dizer se solidarizar com pessoas trans, a atriz defendeu que a autora sustente o seu discurso preconceituoso. “Também acho importante que J.K. Rowling tenha amplificado as vozes dos ‘destransicionadores’. Tive esse impulso de dizer: ‘Vamos todos parar de falar sobre isso’, e acho que provavelmente sou um pouco mais corajosa agora em ter conversas desconfortáveis”, continuou.

Segundo Evanna, o cancelamento sofrido pela autora após os comentários transfóbicos a surpreendeu. Parte dos fãs de Harry Potter criticaram J.K. por seu posicionamento antitrans e afirmaram terem abandonado a franquia de vez para não dar qualquer tipo de apoio financeiro a alguém que se considera contra a existência de outros seres humanos.

“Eu apenas senti que a personagem dela sempre defendeu os membros mais vulneráveis da sociedade. O problema é que há um desacordo sobre quem é o mais vulnerável. Eu gostaria que as pessoas apenas lhe dessem mais graça e a ouvissem”, finalizou.

Fonte: UOL Cinema

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