Intérprete de Buffy afirma que projetos de trazer personagens femininas para o segmento “sempre se desintegram”
Filmes de super-heróis se tornaram tendência nos últimos 15 anos. A consolidação do Universo Cinematográfico Marvel (UCM) fez com que obras do segmento ganhassem uma atenção que raras vezes tiveram no passado.
Ainda assim, na visão da atriz Sarah Michelle Gellar, há muitos avanços pendentes nesse sentido para que super-heroínas também obtenham destaque no gênero cinematográfico em questão. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a protagonista da série Buffy, a Caça-Vampiros fez críticas em especial aos fãs dos longas da Marvel. Segundo ela, os admiradores teriam um pensamento “retrógrado” sobre a presença das mulheres em tal universo.
“O gênero é onde as mulheres podem realmente ter sucesso e manter um público. Mas toda vez que um filme da Marvel tenta fazer um elenco feminino, ele simplesmente se desintegra.”
A fala da atriz parece fazer referência à Fase 4 do UCM, com filmes e até mesmo séries que deram espaço maior a personagens femininas. Longas como Viúva Negra, Eternos e Thor: Amor e Trovão e seriados a exemplo de Mulher-Hulk e Ms. Marvel colocaram mulheres como protagonistas ou coprotagonistas, mas nem sempre a recepção foi positiva. Viúva Negra e Eternos, especificamente, amargaram algumas das bilheterias mais baixas do universo compartilhado da editora.
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Gellar, então, complementa e apresenta sua explicação para tais reações:
“Infelizmente, o público não foi tão receptivo. Ainda existe essa mentalidade de ‘super-herói masculino’, esse modo de pensar muito retrógrado.”
Capitã Marvel, exemplo contrário ou favorável ao argumento?
Ao menos em termos de repercussão e bilheteria, um raro ponto fora da curva no UCM seria o de Capitã Marvel. Lançado em 2019, o filme registra uma das maiores arrecadações do universo compartilhado: US$ 1,131 bilhão, frente a um investimento estimado em pouco mais de US$ 150 milhões.
Porém, acredita-se que tais números tenham sido obtidos pelo fato do longa ter antecedido Vingadores: Ultimato, a obra que serviria como conclusão para a história que era contada desde 2008 por meio de dezenas de filmes. Além disso, o entendimento de que era preciso assistir à produção para compreender Ultimato, disponibilizado um mês depois, levou muitos fãs aos cinemas.
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Os comentários do público em geral foram divididos, especialmente nas redes sociais. O site Rotten Tomatoes, que agrega avaliações tanto de jornalistas da área quanto de internautas, chegou a registrar uma nota de 33 entre 100 na seção destinada aos usuários. Conforme apontado pelo The Hollywood Reporter, o longa recebeu mais de 58 mil resenhas até o dia de sua estreia – um número maior que o obtido por Vingadores: Ultimato em todos os meses que permaneceu em cartaz.
De acordo com o site Screen Rant, atribui-se tal reação à iniciativa de trolls que queriam descredibilizar a obra. Uma das razões seria o posicionamento feminista da atriz principal, Brie Larson, expresso em uma série de entrevistas.
Mesmo com a arrecadação alta, Capitã Marvel só ganhará uma sequência de fato em julho de 2023 – ou seja, quase cinco anos após o lançamento do filme original. The Marvels trará a personagem junto de outras duas super-heroínas: Ms. Marvel (Iman Vellani) e Monica Rambeau (Teyonah Paris).
Fonte: UOL Cinema
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