No próximo domingo, dia 12 de março, acontece a 95ª edição do Oscar, e o mais prestigiado e importante prêmio do cinema também é conhecido por suas decisões bastante polêmicas e no mínimo controversas na categoria de Melhor Filme.
Por isso, nós de CineBuzz preparamos uma lista com alguns vencedores dos últimos anos da categoria de Melhor Filme que fizeram com que muitas pessoas não levassem mais a premiação da Academia tão a sério. Confira:
SHAKESPEARE APAIXONADO (1999)
O primeiro caso da nossa lista é o que causa mais ódio nos brasileiros, já que Gwyneth Paltrow venceu o Oscar de Melhor Atriz em cima de nossa Fernanda Montenegro, indicada por “Central do Brasil”.
Além disso, a comédia romântica ficou famosa pela campanha de votos do produtor Harvey Weinstein – hoje condenado à prisão por casos de abuso e assédio. O ex-magnata de Hollywood convenceu os membros da Academia e “Shakespeare Apaixonado” levou sete estatuetas para casa, entre elas, a de “Melhor Filme”.
A revolta acontece porque “Shakespeare Apaixonado” venceu um dos favoritos da crítica e do público: “O Resgate do Soldado Ryan”, um drama de guerra, estrelado por Tom Hanks, e dirigido por Steven Spielberg.
CRASH – NO LIMITE (2006)
Outro caso que gerou revolta aconteceu na cerimônia de 2006, quando “Crash – No Limite”, de Paul Haggis, venceu o favorito da noite: “O Segredo de Brokeback Mountain”, de Ang Lee.
O vencedor é considerado um filme falho em sua abordagem sobre os conflitos de classes e racismo, e muitos defendem que ele só levou o prêmio principal pois a Academia não gostou da temática sobre homossexualidade do concorrente.
O DISCURSO DO REI (2011)
A disputa pela categoria de Melhor Filme em 2011 era acirrada, concorriam dez filmes, entre eles “A Rede Social”, “Cisne Negro”, “A Origem” e “Toy Story 3”. No entanto, a escolha da Academia foi para o drama de época “O Discurso do Rei”, de Tom Hooper, um filme considerado esquecido hoje em dia, enquanto o drama de David Fincher sobre a ascensão do Facebook é tido como um dos principais da última década e, para muitos, deveria ter vencido.
ARGO (2013)
Em 2013, a vitória de “Argo” foi uma grande surpresa, não só pela concorrência, que incluía longas de Quentin Tarantino (“Django Livre”), Steven Spielberg (“Lincoln”) e Ang Lee (“As Aventuras de Pi”), mas também porque “Argo” concorria na categoria de Melhor Filme mas não tinha seu diretor, Ben Affleck, indicado à categoria de Melhor Direção. E o Oscar, estatisticamente, raramente premia o Melhor Filme sem que o diretor esteja indicado. Aconteceu em 2013.
GREEN BOOK: O GUIA (2019)
Para muitos, o Oscar de 2019 foi uma tragédia, não só pela vitória de “Green Book: O Guia” como Melhor Filme, em cima de “Roma”, de Alfonso Cuarón, mas também pelas vitórias de “Bohemyan Rhapsody” nas categorias de Melhor Ator, para Rami Malek, e Melhor Edição.
A controvérsia sobre “Green Book” está no fato de que o filme, criticado já na época de seu lançamento, possui um roteiro no qual a trajetória de Don (Mahershala Ali) é deixada de lado para que ele exerça apenas a função de transformar o seu empregado racista Tony (Viggo Mortensen) em uma pessoa melhor.
Além disso, a trama ficou conhecida por seu aspecto de white saviour (salvador branco, em português), termo sarcástico usado para denominar pessoas brancas que se gabam por ajudar negros. Ou, nesse caso, o homem branco que defende a integridade do negro ao longo de boa parte do filme.
Vale lembrar que “Green Book” concorria na categoria com filmes que também abordavam pautas pretas de forma bem mais razoável, como “Infiltrado na Klan” e “Pantera Negra”.
NO RITMO DO CORAÇÃO (2022)
O caso mais recente aconteceu no ano passado. “No Ritmo do Coração” não é um filme odiado, já que é difícil torcer o nariz para a história da família de pais surdos que lutam pelo sonho da filha de se tornar uma talentosa cantora. Entretanto, sua vitória na categoria de Melhor Filme foi questionada por muitos, já que ele venceu “Ataque dos Cães”, da diretora Jane Campion, um faroeste contemporâneo que repete uma pauta que a Academia parece mesmo torcer o nariz: a homossexualidade.
Vale lembrar que durante a campanha de “Ataque dos Cães”, o ator Sam Elliott disparou comentários homofóbicos contra o filme de Jane Campion, se mostrando incomodado com a forma com que o longa desconstrói arquétipos clássicos do faroeste, como o dos caubóis.
Além disso, muitos tinham para si que “Ataque dos Cães” seria o filme que finalmente daria o Oscar de Melhor Filme para a Netflix. Não foi bem o que aconteceu.
O Oscar 2023 está vindo aí! Para quem vai a sua torcida na categoria de Melhor Filme?
- “Nada de Novo no Front”
- “Avatar: O Caminho da Água”
- “Os Banshees de Inisherin”
- “Elvis”
- “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
- “Os Fabelmans”
- “Tár”
- “Top Gun: Maverick”
- “Triângulo da Tristeza”
- “Entre Mulheres”
Já segue o CineBuzz nas redes sociais? Então não perde tempo!
Fonte: UOL Cinema