Explicamos o final da 1ª temporada

Alerta de spoilers

A primeira temporada de The Last of Us chegou ao fim, concluindo a história do primeiro game da franquia. Vamos, agora, mergulhar nos eventos desse derradeiro nono capítulo do seriado da HBO.

O episódio começa com um flashback da mãe de Ellie. Grávida, ela é perseguida por um infectado, que a força a se refugiar em uma casa rodeada por floresta. Ela se tranca em um quarto enquanto claramente está em trabalho de parto, mas o infectado consegue entrar. Antes de matar a criatura, ela é mordida.

Nesse ponto, descobre que, em meio à briga, deu à luz a Ellie. Rapidamente ela corta o cordão umbilical, na esperança de não passar a infecção para a jovem. Isso explica, provavelmente, por que Ellie é imune.

Pouco tempo depois, mas de noite, Marlene e outros vaga-lumes chegam ao local. A mãe de Ellie pede para Marlene cuidar da recém-nascida.

O outro pedido é mais traumático para Marlene: ela precisa matar a mãe de Ellie antes que se transforme. Ela faz isso.

Ellie e Joel chegam a Salt Lake City

De volta no tempo presente, após os eventos traumáticos do capítulo anterior, em que Ellie é quase morta e estuprada pelo líder de um culto canibal, há um salto temporal de algumas semanas / meses. Sabemos disso não só pela distância percorrida (aproximados 750 km entre Boulder, Colorado até Salt Lake City), como pela mudança de estação: o inverno deu lugar à primavera.

Ao chegarem em Salt Lake City, vemos Ellie bastante quieta e distraída, o que Joel percebe e chega a questioná-la, com cuidado, sobre o assunto. Evidentemente, tudo o que aconteceu nessa viagem pelos EUA afetou a garota e isso chega a ser abordado em diálogo posteriormente, quando ela diz que tudo o que aconteceu, tudo o que ela fez (ressaltando o peso de sua consciência, especialmente após matar algumas pessoas) não pode ser em vão.

A menina, enfim, volta a si quando vê uma girafa, em uma cena tirada diretamente do game original. Ela corre para ir até o animal e Joe a encontra, incentivando-a a alimentar a criatura, o que ela faz em meio a risadas.

Logo após, Joel sugere que eles não precisam concluir a jornada, eis que Ellie diz o que foi colocado acima, sobre a viagem não ser em vão. É aqui que vemos o primeiro indício de que Joel está com medo de perder Ellie. Ele teme que, após concluírem a missão, eles podem seguir por caminhos distintos, mas a garota o reconforta, dizendo que eles vão para onde ele quiser depois, que ela vai seguí-lo seja para onde for.

Eis que somos pegos de surpresa quando Joel revela que tentou se matar depois que Sarah morreu. Ele confessa ter perdido qualquer motivação de viver, mas de última hora hesitou, tremeu e errou o tiro, que deixou uma cicatriz na testa. Ele, então, deixa subentendido (mais de forma bem clara) que ele só se livrou do luto por causa de Ellie e ela entende isso.

Aqui mais uma vez há um indício de que Joel não pode perder Ellie. Ele sabe que precisa dela e a enxerga como sua filha a esse ponto.

Pouco depois, os dois são emboscados por um grupo, que taca uma granada de atordoamento próximo a eles. Joel é atingido na cabeça por um dos soldados e apaga.

Chacina no hospital

Ele acorda em uma cama de hospital, em um quarto onde está Marlene, que explica o que aconteceu com Ellie e como ela, de fato, pode ser a chave para imunizar a humanidade – embora ela deixe claro que o médico acha que pode desenvolver uma vacina. Ele não tem certeza. Para isso, contudo, seria necessário extrair o cordyceps do cérebro de Ellie, causando a morte da menina.

Joel recusa e diz para arranjarem outra solução. Marlene nega, dizendo que não há, explicando que essa decisão pesa em sua consciência também. Ela ordena que Joel seja levado até à rodovia com seus pertences, sem dar a ele a chance de se despedir da garota, que já está sendo preparada para cirurgia.

No meio do caminho, Joel ataca sua escolta, dois vaga-lumes, matando-os. O que se segue é uma chacina no hospital, com Joel matando todos. Até o médico na sala de operação não sobrevive. Apenas as duas médicas/enfermeiras são deixadas vivas.

Joel resgata Ellie, a leva até o carro e mata Marlene no meio do caminho, enquanto ela dizia que ainda não era tarde demais. O personagem de Pedro Pascal acredita que ela acabaria indo atrás de Ellie e por isso não deixa ela sair de lá com vida.

Ellie acorda no carro, estranhando tudo, sem saber o que aconteceu. Joel mente, diz que foram até os vaga-lumes, mas que eles encontraram diversas outras pessoas como Ellie, imunes, e que isso não adiantou de nada. Ele ainda diz que pararam de procurar por uma cura.

Por fim, Joel mente dizendo que o hospital foi atacado por saqueadores – isso ele não diz no game, por sinal.

Nos arredores de Jackson, Ellie pergunta a Joel se tudo o que ele disse foi verdade e ele responde que sim. Ellie solta um simples: “ok”.

Joel não queria perder Ellie

É evidente que ela sabe que ele está escondendo algo. Mas tendo em vista o carinho que um criou pelo outro, ela decide aceitar as palavras dele. Essa ponta solta, no entanto, há de ser trabalhada em temporadas futuras.

Joel matou todo mundo porque ele não queria perder outra “filha”. Ele se recuperou do trauma de perder Sarah recentemente e não estava disposto a passar por isso novamente. Durante quase toda a série, ele sequer falava sobre o passado. Essas dores se acumularam, criando uma barreira que foi desconstruída por Ellie. Para ele, perdê-la era inconcebível.

Ao mesmo tempo, pela expressão de Pedro Pascal – que brilhou nesse episódio, por sinal – ele não tinha certeza que sobreviveria à chacina do hospital. Mas ele não poderia viver sem ela. De alguma forma, ele tentou se suicidar mais uma vez e novamente sobreviveu, salvando Ellie no processo.

Com isso, qualquer chance de cura desenvolvida pelos vaga-lumes foi por água abaixo. Não só Ellie saiu do alcance deles, como o médico que tentaria desenvolver a vacina morreu. Há ainda mais consequências de tudo que aconteceu no capítulo, mas isso fica para a segunda temporada e além.

A primeira temporada de The Last of Us está disponível no HBO Max.

Fonte: UOL Cinema

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