Cometa criovulcânico entra em erupção; veja imagem

Uma poderosa erupção no cometa criovulcânico 29P/Schwassmann-Wachmann foi relatada pela Associação Astronômica Britânica (BAA) no domingo (2).

Cientistas da organização têm observado o cometa especialmente de perto nos últimos dias, desde que notaram um comportamento diferente do habitual. Esse monitoramento permitiu prenunciar e detectar a erupção de magnitude 2 – considerada forte.

“Esta é uma forte explosão, como previsto: neste caso, a ejecta do núcleo era tão intensa que o novo coma de explosão reflete agora mais de 10 vezes a luz irradiada apenas pelo núcleo”, descreveu o Ph.D. em físico-química Richard Miles, diretor da BAA, no relatório da missão.

Uma imagem do evento foi registrada pelos astrônomos Maria Eleftheriou e Jose Manuel Perez Redondo, usando o Telescópio Faulkes do Sul, na Austrália, e seu escopo robótico gêmeo no Havaí.

Créditos: Maria Eleftheriou e Jose Manuel Perez Redondo

Segundo a BAA, criovulcões no cometa 29P entram em erupção de forma imprevisível o tempo todo. Esta mais recente foi incomum justamente porque os pesquisadores suspeitaram que estava chegando e puderam prevê-la.

“Temos observado o 29P especialmente de perto nos últimos dias porque o pseudonúcleo se tornou um indicativo muito fraco da vedação da crosta e da prevenção da desgaseificação”, explica Miles. “De fato, a fotometria indicou que o núcleo, e a região dentro de algumas centenas de quilômetros dele, estava mais fraca do que já vimos”.

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De acordo com o portal de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, o cometa 29P/Schwassmann-Wachmann desafia velhos conceitos. Embora os astrônomos o chamem de cometa, na verdade, “vulcão espacial gigante” poderia ser uma definição mais adequada. 

Trata-se de uma bola de gelo de 60 km de largura orbitando o Sol além de Júpiter, sendo um dos corpos mais vulcanicamente ativos em todo o Sistema Solar, localizado, atualmente, na constelação de Gêmeos.

Esse cometa é visível com a ajuda de um telescópio com uma abertura de 10 polegadas (250mm) ou mais, devido à sua magnitude. Para saber a posição exata do objeto, acesse este gráfico interativo do céu disponibilizado pela plataforma The Sky Live.

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Fonte: Folha | G1 | Olhar Digital

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