Querido Edward: Criador admite medo ao escalar Connie Britton; entenda

Connie Britton já tinha 11 anos de trabalhos pouco expressivos na televisão e no cinema quando foi escalada para viver Tami Taylor na elogiada série Friday Night Lights (2006-2011). O papel foi tão transformador que rendeu à atriz duas indicações ao Emmy e protagonistas em séries como Nashville (2012-2018), American Horror Story e The White Lotus. E deu também muito medo no produtor Jason Katims na hora de escalá-la para sua nova atração, Querido Edward.

“Eu tive uma experiência incrível com Connie em Friday Night Lights e sempre quis trabalhar com ela novamente. Porque ela é inacreditável. Mas eu tive que esperar pelo papel certo, algo que fosse ser atraente para ela. Porque eu não queria colocá-la para fazer uma Tami Taylor novamente, entende? E acho que ela também não ia querer isso”, entrega o produtor em conversa exclusiva com a Tangerina.

Querido Edward finalmente trouxe o papel tão esperado. No lugar da mulher compreensiva e amorosa de um técnico de futebol americano em uma cidade pequena do interior do Texas que vive em função do esporte, Connie interpreta uma dondoca milionária de Nova York que imagina levar a vida perfeita até seu marido morrer em um acidente de avião. A tragédia abre uma caixa de Pandora para a madame, que descobre não só que está falida, mas também que o empresário mantinha uma segunda família em Los Angeles.

“Uma das coisas que me deixou empolgado sobre essa série é que Dee Dee é tão diferente de Tami Taylor. Então eu e Connie pudemos trabalhar novamente, e é claro que nós temos uma ótima dinâmica um com o outro, mas nunca pareceu que estávamos ali só para tentar recapturar aquela mágica antiga de Friday Night Lights, sabe?”, admite Katims, aos risos.

Connie Britton e Kyle Chandler em cena de Friday Night Lights

Connie Britton e Kyle Chandler em cena de Friday Night Lights

Divulgação/NBC

“Ver Connie em ação é uma coisa absurda. Nós conversamos sobre a personagem durante um bom tempo antes de começar a gravar, foi uma experiência bastante colaborativa. Ela lia os roteiros, nós discutíamos as cenas, eu reescrevia algumas cenas, ela dava opiniões sobre o que a personagem deveria ou não fazer. E aí, quando Connie entrou no estúdio, ela se transformou nessa personagem. É sempre uma alegria vê-la atuando, poder assistir de perto ao que ela consegue fazer”, elogia o produtor.

Mas Connie não é a única estrela da série. Jason Katims repete o que já tinha feito em Friday Night Lights e Parenthood (2010-2015) e transforma Querido Edward em uma atração coletiva, com vários personagens assumindo o protagonismo em diferentes episódios. Depois de um time de futebol e laços familiares, o elo que une o elenco da nova série é um grupo de apoio aos enlutados do acidente aéreo –um tema pesado, mas que dá lugar à esperança e à reconstrução conforme a atração avança.

“Eu queria fazer uma série sobre essa ‘família do acaso’, pessoas muito diferentes e que jamais teriam se encontrado se não fosse por essas circunstâncias trágicas. Então eu queria que o grupo de apoio fosse como um personagem, e que a cidade de Nova York também fosse uma personagem, porque é possível tirar tantas histórias disso”, explica Katims. “A série é como uma tapeçaria, você tem todos esses personagens e pode ver como cada um deles lida com essa tragédia para costurar a sua própria visão.”

Os cinco episódios iniciais de Querido Edward já estão disponíveis no Apple TV+. Novos capítulos serão adicionados todas as sextas-feiras ao catálogo do streaming.

Fonte: UOL Cinema

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