Sucesso do canal History na década passada, Vikings (2013-2020) chegou ao fim há três anos, mas ainda goza de boa reputação entre seus fãs. Com a história de Bjorn Lothbrok (Alexander Ludwig) encerrada com a sexta temporada, grande parte do público acreditou que a jornada dos vikings estivesse encerrada. Mas, no que depender do criador Michael Hirst, a história ainda não ganhou um ponto-final.
Claro, uma nova produção situada no universo de Vikings não chega a ser novidade. A atração de Hirst ganhou uma sequência “espiritual” com Vikings: Valhalla, da Netflix, cuja trama se passa 100 anos depois dos eventos da original e que conta com elenco completamente renovado. Desta maneira, todos os personagens principais do spin-off não haviam dado as caras na série mãe.
Apesar da existência da série derivada no serviço de streaming, Michael Hirst nunca abandonou a possibilidade de dar sequência ao universo de Vikings com uma produção desenvolvida por ele mesmo. Neste caso, a história seria uma continuação direta da atração original, com o retorno de personagens conhecidos (e muito queridos) pelo público.
Rumores de uma continuação de Vikings circulam pelas redes sociais desde o fim da série, mas Hirst finalmente confirmou oficialmente a intenção de retornar a este universo. Em bate-papo com jornalistas do qual a Tangerina participou, o showrunner e produtor executivo afirmou está trabalhando em um novo projeto derivado da franquia.
“Bem, certamente é verdade que mais ou menos todos nós que trabalhamos na Vikings adoraríamos voltar. Foi uma experiência maravilhosa para todos nós. Era uma equipe maravilhosa. Nós nos divertimos muito [nas gravações] na Irlanda. Realmente crescemos com a série. É muito importante, um marco em nossas carreiras. E a chance de voltar, de nos encontrarmos novamente, de talvez fazer um filme ou uma minissérie, seria maravilhosa”, admitiu.
Katheryn Winnick viveu Lagertha na atração original
Divulgação/History
O criador da franquia compartilhou que recebe mensagens de fãs de todos os lugares do mundo com pedidos para fazer uma sequência direta de Vikings. Para ele, no entanto, o retorno a este mundo depende de muitos fatores, sendo o principal algo óbvio para os padrões cinematográficos: uma história que faça sentido.
“Nós realmente conversamos sobre isso [spin-off]. Continuamos a falar sobre isso. Obviamente, Vikings tem uma base de fãs em todo o mundo que é enorme. Recebo mensagens de lugares como Mongólia de pessoas que assistem à série. Então, eu obviamente adoraria fazer isso de novo. Mas não gostaria de fazer isso só por fazer. Teria que ser algo com uma história muito forte, muito sólida, com muito significado. Essa seria realmente a única maneira pela qual eu gostaria de retornar à tela com Vikings.”
Para ele, a série foi capaz de conquistar milhões de fãs pelo mundo ao se aprofundar no universo viking e ir muito além dos que as lendas retratadas ao longo dos séculos diziam. Enquanto parte do público relacionava este povo à violência e à brutalidade, a obra de Michael Hirst focou na humanidade dos personagens e nas relações interpessoais de seus principais guerreiros e reis.
“Se pensarmos apenas em vikings, talvez pensemos em brutalidade, em carnificina, porque os vikings sempre foram considerados culturalmente no resto do mundo como as forças das trevas que vêm à noite e roubam nossas propriedades, que estupram mulheres e que são apenas pessoas más. Era assim que as pessoas escreviam sobre eles, o que falavam sobre o inimigo. Mas pesquisei sobre sociedades vikings e descobri que eles poderiam ter suas propriedades, divorciar-se de seus parceiros. E ninguém sabia disso sobre os vikings. Ninguém sabia que eles eram muito democráticos, por exemplo. Então eu os analisei por dentro, como seres humanos, e não como emblemas do mal e da destruição. Mas como homens e mulheres, como nós, que somos capazes de amar”, encerrou.
Para celebrar o aniversário de 10 anos da série, o canal History 2 está exibindo todas as seis temporadas da atração. Os episódios vão ar de segunda a sexta, sempre às 22h (horário de Brasília).
Fonte: UOL Cinema