Cientistas descobrem fungo estilo ‘The Last of Us’

Uma equipe de pesquisadores – um deles, brasileiro – descobriu um tipo de fungo parecido ao Cordyceps, da franquia “The Last of Us”. Porém, ao invés de atacar seres vivos, ele ataca cadáveres de 13 tipos de insetos.

Grupo descobriu o fungo parasita da espécie Purpureocillium aff. atypicola na Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, enquanto documentavam biodiversidade e buscavam novas espécies. Apesar da descoberta, fungo ainda não foi catalogado oficialmente.

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Novo fungo

Espécie de braço do fungo estilo The Last of Us
Novo fungo faz parte de um gênero com apenas seis espécies descritas (Imagem: joaofungo/Flickr)

Purpureocillium é um gênero de fungo roxo (daí o “purpure” no nome) com apenas seis espécies descritas oficialmente. Entre os tipos de insetos infectados estão: besouros, borboletas, joaninhas, moscas e mosquitos.

É muito diversificado e quanto mais a gente estuda esses fungos, mais a gente vê que outros organismos também são infectados por eles. Entendemos melhor a biodiversidade e podemos considerar a nova espécie numa perspectiva evolutiva: como esses fungos evoluíram? Como eles infectam a aranhas? Como infectam o globo ocular de pessoas com imunidade comprometida. Então, é um fungo que tem variedade ecológica grande.

Micologista João Paulo Machado de Araujo, membro do grupo de pesquisadores que descobriu o fungo, em entrevista ao R7

The Last of Us: semelhanças e diferenças

Aranha infectada por fungo estilo The Last of Us
Fungo parasitava cadáver de aranha-de-alçapão quando foi encontrado pelos pesquisadores (Imagem: joaofungo/Flickr)

No caso do Cordyceps, o fungo infectava criaturas vivas e, com o tempo, tomava controle delas e se espalhava por meio de esporos. Já o Atypicola, encontrado numa aranha-de-alçapão, ocupa cadáveres, estilo “formiga zumbi”.

A semelhança entre o ele e o fungo da série está em ambos serem da família Cordycipitaceae. Já o que separa um do outro é o fato de serem de gêneros diferentes (o Atypicola é do gênero Purpureocillium).

Essa expedição que “trombou” no fungo novo foi uma colaboração entre jardins botânicos – no caso, do Rio de Janeiro, Kew (Reino Unido) e Nova York (EUA). No grupo, estavam especialistas em reinos biológicos – por exemplo: plantas, répteis e, claro, fungos.

Com informações do R7

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Fonte: Folha | G1 | Olhar Digital

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