São Paulo
Desde a sua primeira temporada, “Stranger Things” coleciona recordes. A trama, que mistura monstros e dramas adolescentes, conquistou um público vasto de seguidores, que garantiram o título de série mais vista de 2022. É claro que a Disney tentaria em algum momento alcançar uma parcela desse público.
Uma das tentativas de materialização desse anseio parece ser “A Cratera”, que estreia nesta sexta-feira (12) no serviço de streaming Disney+. Antes mesmo de assistir ao primeiro minuto de filme, é possível perceber a busca pela fórmula da série da Netflix.
Não é por acaso, já que o longa-metragem dirigido por Kyle Patrick Alvarez tem produção de Shawn Levy, Dan Cohen e Emily Morris, os mesmos de “Stranger Things”. Assim como na série, o elenco principal é composto por cinco adolescentes com perfis muito semelhantes aos da trupe liderada por Millie Bobbie Brown e Noah Schnapp.
Para se distanciar um pouco do universo fantástico de “Stranger Things”, “A Cratera” ambienta sua trama na Lua no ano 2257. Um grupo de adolescentes passa pela tensão de um toque de recolher porque o satélite está prestes a receber uma chuva de meteoros. Enquanto isso, Caleb (Isaiah Russell-Bailey) é informado de que recebeu uma passagem só de ida para Ômega, uma colônia distante e protegida, como recompensa pelo trabalho de seu pai como minerador.
Agora órfão, ele recruta os amigos Dylan (Billy Barratt), Borney (Orson Hong) e Marcus (Thomas Boyce) para uma última missão: visitar a Cratera, uma espécie de memorial para o pai dele, que é cheio de significados. Ao grupo, se junta a terráquea Addison (Mckenna Grace), que é filha de um cientista e tem acessos liberados em determinadas áreas, às quais pretendem chegar após roubar um grande caminhão lunar.
MENOS ‘STRANGER’, MAIS ‘THINGS’
Apesar das semelhanças com o drama da Netflix, “A Cratera” aposta mais no bom humor dos diálogos entre os adolescentes do que nos mistérios a serem explorados no território lunar. Em um dos momentos, o grupo para no meio do nada a fim de brincar com galões de hidrogênio, e levitam no céu lunar.
O longa de quase uma hora e meia investe em diálogos sobre a vida, a ausência dos pais e a importância de se ter amigos. O alívio cômico parece ser Borney (interpretado por Orson Hong, de apenas 13 anos), que passa boa parte do filme aos berros perguntando quanto falta para chegar à Cratera e lembrando que Marcus (Boyce) precisa tomar seu remédio.
“Acho que Orson e eu, definitivamente, tivemos personagens muito conectados e tivemos a oportunidade de ter nossa própria conexão fora da tela. Então, isso foi maravilhoso. Nunca esquecerei aqueles dias com Orson”, conta Boyce, em evento com a imprensa do mundo todo, do qual o F5 participou.
A conexão do quinteto, de fato, é o que vale a sessão de “A Cratera”. Sem inovar no estilo, o filme tem cenas com muitos efeitos especiais. Toda a produção, conforme conta o elenco, foi gravada durante a pandemia e seguiu protocolos rígidos, sem deixar a preocupação com o realismo de lado.
“Trabalhamos com a equipe por quatro semanas para ajudar a construir nossos trajes espaciais, tudo para garantir que eles parecessem trajes espaciais reais e funcionais”, detalha Russell-Bailey. “Nas últimas duas semanas, trabalhamos com Dave McCumber e sua equipe de dublês para nos ajudar a parecer astronautas reais e atuar como astronautas reais em baixa gravidade.”
Fonte: Folha de SP
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